Sim, sim: Marcos da Coelba, Marcos Barroca, Marcos Antonio de Souza Andrade são a mesma criatura, a mesma pessoa,
o mesmo filho, o mesmo irmão, o mesmo esposo, o mesmo pai, o mesmo amigo, o mesmo servidor, na essência da palavra servir!
Como não lembrar de sua trajetória, desde ainda garotinho, lá no nosso Paiaiá; das idas e vindas em direção ao Variante, para alcançar a malhada de seu avô, Seo Né Gordurinha.
A malhada de Séo Né fica bem próxima daquele frondoso e centenário tamarineiro — tomado sempre como indicativo referencial para se chegar ao Povoado do Paiaiá ou utilizado para descanso e madornas daqueles, viajantes ou não, em estado de cansaço e necessitados de reposição de energias para uma nova lida ou seguimento de viagem.
Chorara ao ver aquele tamarineiro ser, odiosa e cruelmente, abatido sem que lhe fosse dado um minuto sequer de clemência. Como alguém pensar que uma árvore tão frondosa e frutífera pudesse esboçar o mínimo de perigo ou incômodo a quem quer que fosse.
Embora exercendo a vereança e representando seu torrão natal, se sentira incapaz de estancar a sanha destruidora de quem sequer respeita a mãe natureza, quiça a vida do povo daquele lugar.
No âmbito dos esportes fora um destemido zagueiro que enfrentava situações, das mais variadas e difíceis possíveis,
sem que se dispusesse a desbancar seus contendores com jogadas desleais ou que causassem contusões aos atacantes do escrete adversário. Jogava com elegância e seriedade e se portava como um gentleman dentro e fora das quatro linhas.
Servira à Companhia distribuidora de energia elétrica com muito esmero, dedicação e tenacidade, por longos anos, sem que sofresse qualquer admoestação por atos ou atitudes desagradáveis ao seu mister ou aos seus superiores. Tinha como lema servir bem para o bem do seu empregador e dos seus clientes – a população consumidora. Dessa convivência empregatícia adviera o seu apelido pelo qual todos o conheciam.
Militara na política pelas mãos do seu tio; se elegera Vereador representando seu Paiaiá e demais outras comunidades. Sempre solícito, a ele pouco importava onde morava quem lhe procurasse para uma orientação ou um socorro. Para ele todos eram novassourienses e mereciam seu atendimento, sua representação, seu esforço.
Experimentara dissabores na política; fora desconsiderado por muitos daqueles a quem atendera com dedicação e desprendimento. Mas nada disso o abalara; continuara a atender a quem quer que fosse, sem distinção.
Deixava de lado seus negócios, suas necessidades, seus afazeres até, para atender àqueles que a ele recorriam. Era, verdadeiramente, um homem público, no mais estrito conceito da palavra.
Hoje, dia 7 de março, completaria 53 anos de vida terrena. É fato!
Por certo, se aqui estivesse, haveria de estar sendo abraçado por todos nós, esboçando aquela simplicidade e alegria que lhe foram peculiares.
Estariam ao seu redor, em alegria gratificante, alguns ex-colegas: Davi de Nito da Bimbarra, Julinho de Zé Barbeiro e muitos dos seus amigos: Garapa de Louri Melé, Carlito de Seo Domingos, Galego Noronha e muitos outros; a lista é muito extensa, não cabe neste relato – além dos seus familiares, óbvio – participando de um lauto churrasco, sob o comando de Boião de Sparrado de Dona Emíllia.
Mas, como quis o Pai Maior, ele resolvera preparar u’a festa diferente, animada, concorrida e iluminada!
Resolvera fazer uma festa particular – só para ele e pra quem goza do convívio da Casa do Pai – sem ter a necessidade de espalhar convites, preparar ambiente, escolher participantes; nada disso.
Não é à toa que hoje o céu está mais brilhante, mais iluminado; afinal quem cuidou da iluminação foi ele Marcos da Coelba. Tudo impecável, sem margem a reparações.
As trombetas celestiais tocaram dobrados em profusão, sem inervalos! Os anjos brincaram ao seu modo, cantaram parabens a você e lhe desejaram continuidade ao lado do Pai, gozando do prestígio, misericórdia e carinho com que for a recebido há tão pouco tempo.
Saudades, Marcos!!!!
Tonho do Paiaiá, lembrando a trajetória de um amigo, um gentleman, um abnegado
Excelente. Que belo texto. Att, Carlos Sílvio
CurtirCurtir
Carlos,
Tentei expressar, com pureza e simplicidade, tudo aquilo que o Marcos fora pra nós todos
CurtirCurtir